'falta de peso'/como sabotar a sua própria crónica

Quando nos cruzamos com um discurso da MRP como este (As gordinhas e as outras), ou mesmo este (O esplendor da carne) não dá para revirar os olhos sozinha e continuar a vida como se nada fosse: há que partilhar  As gordinhas e as outras


Three O’clock Rock - Jeanne Lorioz

Olhe Margarida, uma coisa é opinar, outra é desbobinar pensamentos carregadinhos de um ódio de estimação, provavelmente derivado de um qualquer episódio com um betinho com berloques que no liceu escolheu uma gordinha ao invés de si.
É triste saber que nos grupos de amigos que conhece exista gente com comportamentos estranhos - porém, não me espanta - no entanto, que a figura que faça sempre as figuras tristes e exibicionistas ser 'uma gordinha', poupe-me! - até o Sócrates de repente ficou mais credível.

Fica-lhe mal o preconceito nas suas palavras até porque, veja lá, tendo-a como termo comparativo de constituição física, a probabilidade de alguém ser gordinho ao pé de si é de cerca de 98%. 
A Margarida conseguiu fazer pior figura a dizer essas coisas, do que qualquer criatura bêbeda e ganzada a mijar de pernas abertas no meio da rua.
E lamento informá-la de que há quem diga palavrões e tenha comportamentos excêntricos sendo sempre uma senhora e, por outro lado, há quem se arme em grande lady e nem de palavrões precise para demonstrar falta de nível e de respeito.
''And that's how the cookie crumbles.''

12 comentários:

Clara disse...

Há quem saiba escrever.. há quem tenha temas interessantes para dizer... há simplesmente aquelas pessoas que escrevem qualquer coisa para serem lidas e chamar atenção.

Pessoalmente nunca gostei do estilo desta senhora, li um livro dela onde todas as personagens são lindas e espectaculares, moram na Linha e são grandes deusas do amor e afins... diria que se calhar há aí algum recalcamente... mas qui ça...

Fi disse...

Este texto da MRP está cheio de preconceitos. É triste ver alguém resumir vivências e generalizar algo desta forma. Mais triste ainda são algumas questões "existenciais" que ela coloca e a que até uma adolescente, alguma auto-confiança consegue dar resposta.
*

Anónimo disse...

Estou sem palavras... Acho que nunca tinha lido tanta estupidez e tanto insulto (à minha pessoa). A minha perplexidade é tanta, que se torna impossível não ficar chocada com tanta ignorância. Resumindo... Esta senhora "esquelética" (não é de mim descrever assim as pessoas, mas dadas as circunstâncias...), precisa de ajuda e de amigos com mais 'xixa'. Cure-se cara senhora, com tanta coisa que está mal neste mundo, vai logo "estrebuchar" com as gordas. Parece-me que o seu mundo é demasiado perfeito (já que "nós" somos o seu maior problema)

tempus fugit à pressa disse...

simples palavras
há simplesmente aquelas palavras que querem ser lidas e
quiçá chamar atenção

e ao atacar quem quer que seja

o mundo divide-se em opiniões e vomita mais palavras

uma pessoa não é o que escreve ou o que pensa

uma pessoa é.

para uns é excêntrico, para outros louco
para uns engraçado e com espírito

para outros odioso

as palavras dividem mundos

separam e aproximam

matam e fazem viver

Cat disse...

Enquanto lhe derem tempo de antena ela continuará a produzir "pérolas" destas...

Wakewinha disse...

Pobre senhora, não há porque não ter pena. Há ali qualquer recalcamento, ou então armou-se em one of the guys e bebeu mais do que a conta. Porque só isso, para além de um grave problema do foro psiquiátrico, pode justificar tamanha estupidez.

Wakewinha disse...

Pobre senhora, não há porque não ter pena. Há ali qualquer recalcamento, ou então armou-se em one of the guys e bebeu mais do que a conta. Porque só isso, para além de um grave problema do foro psiquiátrico, pode justificar tamanha estupidez.

Ana_Hanna disse...

essas senhora as vezes mais valia estar calada em vez de dizer estas coisas >.<

Unknown disse...

É muito triste publicarem preconceitos como o desta senhora. Nem sei o que é pior, se é ela dizer tantos disparates seguidos e expôr a pobreza humana que vai dentro dela, se é publicarem um texto assim. enfim...

MaGGie disse...

Foi com algum espanto que li os 2 escritos mencionados neste post.
Honestamente não compreendo a animosidade que MRP demonstra pelas "gordinhas" e mais grave ainda pela felicidade que ostentam. É triste quando a inveja pela felicidade alheia nos torna amargos.

Anónimo disse...

Caí aqui por acaso. Quando vi de quem falavam, pelo preconceito da literatura light,não resisti a ler para, também eu, atirar com a pedrita. Eis a minha surpresa: Nâo vejo motivos para tanto alarido!

É essencialmente crua, com um toque de algo que não sei se será ironia. Por vezes, até cruel, por simplesmente realista. Considero apenas que o sentimento está mal canalizado.

Claro que cada um tem as dimensões que quer ou PODE (isto é outro assunto!). Mas ela refere que "não são gordinhas" mas sim muito gordas! Ora, isso não é saudável, independentemente de ser bonito ou feio. Não é por uma cigarrilha fumada languidamente, num clube de jazz, por uma mulher sozinha auto-confiante, ser sensual, que o tabaco deixa de fazer mal. Por isso, acho mesmo que é tempo de deixarmos de paninhos quentes em relação ao peso, e pensar na saúde! Depois sim... a ética da estética! E daí, todos temos direito a ficar indignados por as pessoas aceitarem a familiaridade com o excesso de peso de forma tão indiferente.

Quanto à Gordinha do grupo... Também me pareceu de grande realismo. È verdade que muitas mulheres gordas perdem a feminilidade perante os colegas; e que, as elegantes bem vestidas sensuais (perante os vectores europeus actuais MAIORITÀRIOS) têm que ter freios, porque se esperam que sejam umas ladies comedidas. O erro, neste caso, está no facto de se virar para a Gordinha em vez de se virar para o Grupo, porque é nos olhos dele que radica o problema. Não interessa mudar o proteccionismo perante a Gordinha, mas sim, perceber que uma lady gosta de fornicar e também diz vai-te f**** quando se zanga.


E sim, é irritante dizerem constantemente "como que estás muito magra. Mas tás doente?" quando depois não dizem "tens que ter uma dieta mais saudável!!!! Excesso de peso é uma bomba relógio e um dos maiores inimigos da qualidade de vida!"

Ana, Dona do Café disse...

a Indigente, concordo até certo ponto.
Creio é que as palavras da MRP não serão de preocupação e de apontar o dedo por causa da sua condição de risco mas, sim, de uma tremenda falta de respeito e de ideia de que uma pessoa gorda tem comportamentos descabidos, estúpidos e excêntricos perante os amigos pois será essa a sua forma de se afirmar, perante a falta de beleza (sim, pois a MRP afirma que 'magreza é beleza', pelas aulas de filosofia que já vão longe, depreendo que isto quererá dizer que uma gorda não poderá possuir beleza...hmmm, pergunto-me por quê mas, isso será outra história).

Sim, uma pessoa com excesso de peso poderá ter diversos problemas de saúde e não se deverá incentivar um comportamento que promova a obesidade, no entanto, creio que a maior parte reconheça esse problema...e, ou não o trate (por não ter noção de que o deveria fazer), não queira saber do assunto pois acha que está bem assim mas, não será a insultar estas gordinhas que a situação se resolverá...ainda para mais com palavreado como o que a senhora usa.

Lady que é lady, pode sê-lo com ou sem peso a mais: é uma questão de educação, de comportamento e de bom-senso.

Cada um tem a sua experiência de vida para falar sobre o que conhece mas, as gordinhas que conheço, não pecam pela excentricidade, pelo contrário: a 'vergonha' que sentem por não se sentirem tão bonitas como as boas e por saberem que não são vulgarmente atraentes aos olhos da sociedade, fá-las ser melhores até que muitas das 'boazonas' pois serão peritas em ser mais amigas, mais esforçadas numa relação de qualquer tipo, mais cuidadosas com o que querem mostrar de si... pois estarão habituadas a lidar com bocas, preconceitos e discriminação que as leva a adoptar comportamentos defensivos.

Pela primeira crónica da MRP, nota-se bem que as críticas dela nem se prenderão muito bem pela 'formusura', já que pelo elitismo e ar superior de beta que tresanda, fala das gordas como pertencentes ao povo, a um reles povo de gente gorda que tem a 'sua praia', comum praia para os seres normais (mas que, note-se, ela nem frequenta)... ora, não estaremos aqui a falar de que estas gordinhas serão senhoras amigas dela, que vestem caro e frequentam espaços xpto; falamos de uma discriminação também social e financeira, de estatuto...
Ora, quanto a isso, não há teoria que me possa convencer; julgar as pessoas pelo seu estatuto social ou pelo seu aspecto?
Como uma lady que sou, só tenho a dizer: "foda-se, com essa nunca me convencerão."