Foi

"Põe uma folha em branco na mesa à sua frente e escreve estas palavras com a sua caneta.O céu é azul e negro e cinzento e amarelo. O céu não está lá, e é vermelho. Tudo isto era ontem. Tudo isto era há cem anos. O céu é branco. Cheira a terra, e não está lá. O céu branco como a terra, e cheira a ontem. Tudo isto era amanhã. Tudo isto era daqui a cem anos. O céu é limão e rosa e alfazema. O céu é a terra. O céu é branco, e não está lá.Ele acorda. Ele anda de um lado para o outro entre a mesa e a janela. Ele senta-se. Ele levanta-se. Ele anda de um lado para o outro entre a cama e a cadeira. Ele deita-se. Ele fixa o tecto. Ele fecha os olhos. Ele abra os olhos. Ele anda de um lado para o outro entre a mesa e a janela.
Ele pega noutra folha em branco. Põe-na na mesa à sua frente e escreve estas palavras com a sua caneta. Foi. Nunca mais voltará a ser. Lembra-te."

inventar a solidão
Paul Auster

4 comentários:

Sr. Humberto disse...

é p ser sincero n é?
é q n achei piada nenhuma ao texto ou lá o q seja. isso também eu fazia. parece daqueles quadros com tinta de várias cores atirada prá tela e deixada escorrer e dps ouvir comentários tais como "genial!!", "único!!".
até 1 macaco como o gervásio demorava 2 minutos a separar o lixo e a escrever isso. n tem nexo nenhum...

Ana, Dona do Café disse...

eu gostei por isso mesmo..
por parecer um desses quadros.
Não o acho "genial", mas gostei...

:P

Rosa Cueca disse...

Ofereci um livro do Paul Auster au meu pai...ele que é todo "lamechinhas" (tenho a quem sair lol) não gostou e eu tentei esforçar-me por lê-lo todo...mas não houve paciência e se há coisa que não gosto é começar um livro e não o acabar..

Anónimo disse...

Bela fotinha!